terça-feira, 11 de novembro de 2025

Na simplicidade das coisas

 





Escrevo-me no silêncio

como se cada verso fosse

a respiração lenta

de um dia frio.

 

Às vezes chama-me o sol

[chamamento de inverno]

como quem convida à contemplação

daquilo que é

sem adornos nem exigências.

 

Os braços nus das árvores sussurram

uma oração

como se fosse um trilho onde o silêncio

fala

 

e a beleza se revela

na simplicidade das coisas

em que o coração não tem medo de se mostrar.

 

 

 

 

BL

11.11.25







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