Um dia
quando o tempo se dobrar sobre si mesmo
e os relógios forem apenas sombras no chão
hei de colher um sopro antigo
para acalmar os ventos do esquecimento.
Então
talvez compreenda os gestos que se perdem
nas margens da memória
e os olhos que choram
sem saber porquê.
Há coisas que morrem devagar
como a luz nas mãos de um cego
ou o voo que nunca chegou a ser
de um pássaro sonhado.
BL
27.10.25
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