segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Quando o silêncio souber o nome das estrelas

 





Um dia

quando o tempo se dobrar sobre si mesmo
e os relógios forem apenas sombras no chão

hei de colher um sopro antigo
para acalmar os ventos do esquecimento.


Então
talvez compreenda os gestos que se perdem
nas margens da memória

e os olhos que choram
sem saber porquê.


Há coisas que morrem devagar
como a luz nas mãos de um cego
ou o voo que nunca chegou a ser
de um pássaro sonhado.




BL

27.10.25







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