sábado, 26 de abril de 2025

Colheitas de amor

 







“Mãe, fala-me de mim.

Gosto tanto que me fales de mim!...”

E foram lampejos

de risos

e de lágrimas.

Searas de ternura

em campos de areia e de neve.

Colheitas de amor

e saudade.

Doçura de rostos,

passinhos trémulos,

gestos sem norma.

“Porquê, Mãe?

Explica-me...”

Procuro a palavra,

a definição.

É preciso clarificar

a situação.

“Cuidado, mãe!

Não me deixes cair!

Nunca, mãe…”


B.L.

15.11.1989