“Mãe, fala-me de mim.
Gosto tanto que me fales de mim!...”
E foram lampejos
de risos
e de lágrimas.
Searas de ternura
em campos de areia e de neve.
Colheitas de amor
e saudade.
Doçura de rostos,
passinhos trémulos,
gestos sem norma.
“Porquê, Mãe?
Explica-me...”
Procuro a palavra,
a definição.
É preciso clarificar
a situação.
“Cuidado, mãe!
Não me deixes cair!
Nunca, mãe…”
B.L.
15.11.1989